Às vezes pergunto-me, se algum dia, certas pessoas olharão para trás e se arrependerão dos logros cometidos, das promessas que quebraram, das amizades que destruíram sem hesitar. Pergunto-me se algum dia pensam em mim, mas não para falar mal da minha reputação, ou para afastar as novas pessoas que conheço. Pergunto-me se, em algum momento dos seus dias, ele parará para se lembrar da paciente amiga que eu lhe era, sempre presente e disponível, sempre um ombro para chorar e ouvir as suas lágrimas. Pergunto-me se algum dia se lembrarão que, parte do ego que os enche as roupas hoje, fui eu que criei. Pergunto-me a mim mesma porque criei um Frankenstein. Porque é que as pessoas continuam a crer, a dar-lhe crédito, quando elas próprias são as suas mais ferozes críticas. Pergunto-me porque é que tem de ser assim, com eles. Com este particular grupo de pessoas. Pergunto a mim mesma porque não consigo compactuar com este silêncio dos inocentes. Talvez saiba a resposta - que eles e elas pe...