Comparison is the thief of joy.
Às vezes pergunto-me, se algum dia, certas pessoas olharão para trás e se arrependerão dos logros cometidos, das promessas que quebraram, das amizades que destruíram sem hesitar. Pergunto-me se algum dia pensam em mim, mas não para falar mal da minha reputação, ou para afastar as novas pessoas que conheço. Pergunto-me se, em algum momento dos seus dias, ele parará para se lembrar da paciente amiga que eu lhe era, sempre presente e disponível, sempre um ombro para chorar e ouvir as suas lágrimas. Pergunto-me se algum dia se lembrarão que, parte do ego que os enche as roupas hoje, fui eu que criei.
Pergunto-me a mim mesma porque criei um Frankenstein. Porque é que as pessoas continuam a crer, a dar-lhe crédito, quando elas próprias são as suas mais ferozes críticas. Pergunto-me porque é que tem de ser assim, com eles. Com este particular grupo de pessoas. Pergunto a mim mesma porque não consigo compactuar com este silêncio dos inocentes. Talvez saiba a resposta - que eles e elas perderam a inocência, e mancharam as suas mãos, quando sabem a personagem malvada e hipócrita em que ele se tornou, e se sentam na mesma mesa que ele, e riem, e brincam, e conversam, e choram ao seu lado.
Apelidem-me de extremista, idealista, de unicórnio, até (deveria ser a minha alcunha), mas a partir do momento que sabes que alguém é merda, comes e bebes na sua presença, bem, até posso acreditar que não lhe toques, mas vais ficar a cheirar ao mesmo.
Quão mais tempo passado na companhia do cinismo, mais dificilmente alguém verá a linha de separação entre o aceitável e o não aceitável.
You know what they say, when in Rome, do as Romans do.
Do you know what I say?
When in Rome, do as the Visigoths did.
Comentários