“I will love you if I never see you again, and I will love you if I see you every Tuesday"

Ele foi-se embora hoje. Para sempre. E acaba  a história, o meu texto, hoje.

Eu não sei como me sinto. E isso assusta-me. Tornei-me triste desde que ele me deixou; isso não mudou. E estou zangada, com ele, pelas suas mentiras, e comigo (principalmente), por nelas ter acredito. Mas há mais qualquer coisa, que eu não sei o nome. Isto que sinto, é muita tristeza acumulada, pelo rumo que a minha vida tomou, e pelo futuro que me amedronta. É raiva, contra as pessoas deste mundo, contra o destino, que me apresentou alguém que era tão maravilhoso, e depois tornou-se igual aos restantes. Mas sinto dores que não reconheço, carrego o peso do que não me pertence, e já não verto as minhas lágrimas. 

Não me consegui despedir dele. Não lhe disse "adeus". Fiquei com as palavras que nunca lhe poderei dizer presas na garganta. Não sei se isso é bom ou mau. E esta confusão, este meu não saber definir-me, nem criar um novo rumo, assusta-me imenso.

Há um vazio que se coloca na minha frente e eu não compreendo o que é suposto eu fazer agora. Receio que todos os caminhos que se apresentam no meu futuro sejam meros atalhos para chegar até ele, para sofrer, uma vez mais. 

Pois amores destes já não se fazem, e quiçá, ainda bem que não. 

"But we were something, don't you think so?

Roaring twenties, tossing pennies in the pool

And if my wishes came true

It would've been you

In my defense, I have none

For never leaving well enough alone

But it would've been fun

If you would've been the one"