Ausência de tudo, menos amargura.




Pessoalmente, eu não consigo ser amiga de quem me partiu o coração. Nem sei dizer se o quero ser. Eu gostava de o ser. Eu gostava ainda de ter a minha abelhinha na minha vida. Mas eu não sou assim tão forte para aguentar a mágoa.
Acho que há pessoas que entram na nossa vida e saem, terminando o seu "papel", por assim dizer. Não quero com isto dizer que acredito que as pessoas entram e saem das nossas vidas porque têm motivos; às vezes não há razões para a entrada delas, nem razões para elas saírem. Às vezes as pessoas simplesmente saem das nossas vidas. Sem um olhar para trás, sem pensar no amanhã e nas consequências que isso pode trazer. Sem um único "adeus" pronunciado. Às pessoas partem, e é isso. O que fazemos, após a partida delas, é que nos define. E reservo-me o direito de silenciar a minha voz para ele, e de olhar para todas as outras direcções menos para a direcção onde ele se encontra. Dói imenso existir aqui sem ti, minha abelhinha. 



É um direito de quem foi deixada sem motivo. E acho que nós, nós que ficamos do outro lado da margem, devemos usá-lo e abusá-lo. Nós que amamos mais que a outra parte. Nós, que ficamos a tratar dos pedaços partidos dos nossos corações. 




(Isto tudo por conversas filosóficas sobre relações pessoais. O Diogo tem razão)


"You were born with a heart that can never be filled

and a head like snow that can never be still
there are streets paved in gold that shine so bright
that you force yourself to look away"


Comentários

Olá:- As pessoas entrarem e saírem da nossa vida não será um grande problema. Será sim se sairem deixando, mágoa, dior, saudade.

Mas tudo na vida tem um princípio e um fim. E uma coisa que o ser humano é forte é na adaptação aos factos.

Não existe bem estar que sempre dure, nem dor e mágoa que não passe. O tempo tudo cura

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Adoro ouvir Ana Moura

Saudações fraternas

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